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A Raça

Conhecida na literatura pelo nome de “Crioulo Sulino”, “Crioulo propriamente dito”, "Crioulo do Sul", "Crioulão", "Southern Criollo" (pela FAO), e vulgarmente pelos nomes de “Pelo-Duro”, “Comum”, “Pampeano”, “boi das charqueadas”, “Jaguané” e “Raça Velha”, sendo este último particular à Santa Catarina (SC), é uma raça nativa, ainda não reconhecida oficialmente.

Foi a raça bovina mais comumente criada no sul do Brasil até meados do século passado, predominante durante as charqueadas, sendo forjada nos campos da região em condições  extensiva durante o império, a partir da introdução de raças ibéricas e gado chimarrão, advindo por ocasião da colonização portuguesa e espanhola. E, assim, encontra-se incorporada por séculos à nossa cultura, com citações freqüentes em relação aos nossos costumes e tradições campeiras. 

 

Próxima à extinção, vem sendo resgatada neste século pelos criadores remanescentes,  agora membros da ABCBCS. Encontra-se em fase de avaliação quanto à diversidade dos rebanhos, tanto do ponto de vista morfológico quanto genômico, com vistas ao estabelecimento de um Padrão Racial.

 

É um bovino do tipo carniceiro, de tamanho médio, precoce e  com aspas curtas, quando não mocho, pelo que se diferencia, dentre outras características, do Crioulo Lageano, Franqueiro, Texas Longhorn e Ankole Watusi. Essas quatro últimas são fenotipicamente similares entre si, também hoje criadas no sul do Brasil, e supostamente compartilham alelos do gado zebuino africano. 

 

Tem pelagem variada, desde o jaguané (vermelho ou preto), brazino, oveiro, osco malhado, dentre outras, menos freqüentes.  É um animal sóbrio, longevo, com elevada rusticidade e de fácil engorda, adaptado à criação em condições regionais de pastagem nativa, sendo também dócil e de fácil manejo. Os machos tem elevada libido e as fêmeas são ótimas mães, com fertilidade acentuada e boa produção leiteira.

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